ONU LAMENTA ASSASSINATO DE ÍNDIOS AWÁ NA COLÔMBIA

BOGOTÁ, 27 AGO (ANSA) - O Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (EACDH) na Colômbia condenou o assassinato de 12 índios da etnia Awá em uma aldeia no sul do país, na madrugada desta quarta-feira.
"Em nome das Nações Unidas na Colômbia, quero manifestar minha enorme preocupação por este segundo massacre contra o povo Awá neste ano. Vejo com grande tristeza e dor profunda que crianças e mulheres estão entre as vítimas", disse o representante do EACDH, Christian Salazar, por meio de um comunicado divulgado ontem.
Entre os mortos estão um casal e seus quatro filhos -- três meninos de 7, 12 e 13 anos e uma menina de 9 anos. Outros menores também foram feridos. O primeiro massacre contra os Awá este ano aconteceu no último mês de fevereiro.
De acordo com números oficiais, entre janeiro e julho de 2009, 62 indígenas foram assassinados, número que mostra um aumento de 72% em relação ao mesmo período do ano anterior.
"Em diversas ocasiões, as Nações Unidas e o Alto Comissariado para os Direitos Humanos na Colômbia pediram ao governo colombiano para proteger e garantir a integridade física dos povos indígenas e seus líderes", completou Salazar.
A Organização Nacional Indígena da Colômbia informou que o crime ocorreu na madrugada desta quarta-feira no território indígena de Gran Rosário, que pertence ao distrito de Tumaco, no estado de Nariño, na fronteira com o Equador.
Até ali, de acordo com a organização, chegaram vários homens armados "vestidos com uniformes militares, sem distintivos e encapuzados" que dispararam contra os índios.
O governo colombiano lamentou o assassinato dos indígenas Awá e ofereceu recompensa de US$ 50 mil por informações que ajudem a encontrar os responsáveis.
Por meio de um comunicado, o Ministério da Defesa colombiano disse que as autoridades apoiam os trabalhos para esclarecer quem foram os culpados. O presidente colombiano, Álvaro Uribe, deve realizar um "conselho de segurança" para tratar do tema e pediu o rechaço do país e da comunidade internacional ao crime.


Fonte: (ANSA)

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